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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Formação em saúde

       
Durante o primeiro semestre o centro acadêmico fez várias discussões e textos acerca de assuntos importantes para a avaliação do projeto político pedagógico como a formação do profissional de saúde que iremos divulgar agora no nosso jornal. 
Hoje se discute muito a necessidade de se defender um SUS público e estatal, assim como a sua implementação respeitando todos os seus princípios e diretrizes para o atendimento às demandas reais da população. Um fator crucial para essas modificações é a formação dos profissionais que atuarão na construção desse sistema através da sua pratica profissional. A formação dos profissionais de saúde ganhou novos rumos a partir de condutas governamentais que visam, entre outros objetivos, direcionar a formação de tais profissionais para atender as demandas do SUS. Questionamo-nos então:  Para onde
estavam sendo formados esses profissionais? O processo neoliberal de redução dos direitos sociais, como a saúde, colocou a saúde como mercadoria preferida para gerar lucro para empresas privadas como OSs OCIPs e planos de saúde, os profissionais que nela trabalham também estavam sendo formados para esse mercado. Esse processo também estabelece uma limitação ao SUS de interferir, a partir da sua demanda, na modulação da formação de tais profissionais de saúde.
Apesar de haver a intervenção por parte do sistema na formação dos profissionais, não houve nada que causasse um impacto significativo na realidade da saúde do nosso do país, tornando-se apenas uma complementação na formação de alguns. Por isso é importante a adesão de todos os atores nesse processo (alunos, professores, profissionais, população) para que haja uma mudança significativa no processo de formação (prática e na teoria) dos cursos de saúde, a fim de atender a demanda dessa problemática de melhoria do sistema e, conseqüentemente, do atendimento à população, dos indicadores de saúde, das condições de trabalho, entre outras. Para atender a essa expectativa é necessário além da intergração entre ensino - serviço - gestão - controle social uma forte articulação com o movimento estudantil de graduação nas profissões de saúde. Para tanto, o componente serviço deve revelar uma estrutura de condução das políticas, da gerência do sistema e da organização de conhecimentos do setor, pois a formação tecnoprofissional, a produção de conhecimento e a prestação de serviços pelas instituições formadoras somente fazem sentido quando têm relevância social CECCIM (2004).
Nesse sentido os projetos pedagógicos dos cursos de saúde entram como componente essencial do SUS e por isso, subordinado a ele, tendo assim a obrigatoriedade de seguir seus princípios e diretrizes como base para sua elaboração e serem subordina-os unicamente a suas demandas em detrimento dos interesses do mercado. 


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