Estudantes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) que integram o comitê “RU para Todos” ocuparam na tarde desta quarta-feira, 27, o Restaurante Universitário, localizado no Campus A.C Simões para realizar um ato em defesa da recuperação do RU e sua ampliação para atender aos estudantes em sua totalidade.
O grupo ocupou a cozinha do restaurante, produziu a comida e desde as 17h30, quando o RU foi aberto, distribuem a comida de forma gratuita aos universitários. “Queremos com isso chamar atenção para a necessidade de a Universidade disponibilizar acesso a todos os estudantes e não apenas a um grupo selecionado, tanto em Maceió quanto nos demais campi”, defende o estudante de História, Jônatas Absalão, que integra o comitê.
Nesta tarde os integrantes do comitê ingressaram com uma petição no Ministério Público Federal (MPF) para garantir que a Justiça Federal determine o cumprimento da ação que obriga a Ufal a reformar o restaurante e ampliar o atendimento no horário do almoço a todos os universitários. Os estudantes conseguiram o apoio de 14 Centros Acadêmicos e mais de três mil assinaturas.
O processo que garante ampliação do RU foi aberto em novembro de 2005, mas a Ufal não cumpriu o acordo. Os estudantes voltaram a cobrar da Justiça um posicionamento em 2007 e a Universidade se comprometeu novamente a elaborar e executar o projeto “RU para Todos”, no entanto, já se passaram cinco anos e as reivindicações não foram alcançadas.
Jônatas Absalão explica que em 2007 a Ufal possuía aproximadamente doze mil estudantes e pouco mais de mil vagas para utilizar o restaurante. Hoje, com aproximadamente 17 mil estudantes, somente em Maceió, a quantidade de vagas é a mesma. “A situação fica ainda mais crítica no interior, onde os estudantes sofrem sem estrutura de campus, sem RU, e sem alojamento. E o acordo firmado em 2007 é claro quando garante a todos os estudantes da Ufal acesso ao RU”, ressalta.
Segundo o estudante de história, a Ufal é uma da poucas no país que não oferece o benefício aos estudantes. “Nas Universidades Federais do Ceará, Sergipe, Pará, Maranhão, Brasília e Rio de Janeiro, entre outras, o acesso ao restaurante é ilimitado e os preços variam entre R$ 1,00 e R$ 1,50. Nós também temos direito garantido pela Justiça Federal”, finalizou.
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